A RAINHA DE KATWE
- Tainá Almeida
- 28 de set. de 2017
- 1 min de leitura
Ou o texto que nunca foi publicado...

Fui ao cinema no dia do lançamento do filme e encontrei uma sala vazia, com apenas cinco lugares ocupados. E ainda imaginei que tivesse que chegar muito antes da sessão começar porque, na minha cabeça, o cinema estaria lotado. Como eu sou facilmente enganável.

O filme é lindo, tem uma fotografia gostosa. Tem a personagem principal, Phiona, com uma estética diferente da que se apresenta na mídia. A moça de cabelos cristos, rosto redondo. Tem a Lupita Nyongo, considerada a mulher mais linda de 2014 pela People. Tem um elenco maravilhoso, mas quase ninguém viu, não teve muita propaganda. Já estreou nos canais pagos de tv e quase ninguém sabia. Vai entender...
Esse texto é quase um desabafo. Há quase um ano eu escrevi um texto sobre este filme e ele reinou para sempre na minha área de trabalho, nunca publiquei, mas sempre achei que eu precisaria falar dele de alguma forma.
Phiona Mutesi fez meu coração se apertar e faz ainda hoje só de me lembrar que essa menina é uma moça real, que mudou sua vida e a vida de sua família a partir do xadrez. Um pensamento lógico, pensamento rápido, habilidade de prever o movimento dos outros, láááá em Uganda.
Chorei com a mãe dela, Harriet Mutesi, mulher forte, determinada que conseguiu, da melhor forma que pôde, cuidar de seus filhos.

Minha dica é: veja o filme, preste atenção nas cores, entenda os personagens isoladamente, sem fazer juízo cultural. Lembre-se, lá não é Brasil. A cultura é realmente diferente!
E delicie-se!